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Mulheres e meninas representam 71% das vítimas de tráfico humano

  • FONTE: MARIE CLAIRE
  • 30 de jul. de 2018
  • 2 min de leitura

No Dia Mundial contra o Tráfico de Pessoas, lembrado nesta segunda-feira (30), a Organização das Nações Unidas chamou a atenção para os grupos mais vulneráveis desse tipo de crime. As mulheres e meninas representam 71% das vítimas que caem nas mãos de traficantes e redes criminosas.

O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC) relatou que um terço das vítimas de tráfico de pessoas é formado por menores de idade. O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou por meio de uma mensagem que as vítimas, crianças, jovens, migrantes, refugiados, meninas e mulheres, correm risco de sofrerem outras violações, como abusos sexuais e tráfico de órgãos.

"Estamos falando de exploração sexual brutal, incluindo prostituição involuntária, casamento forçado e escravidão sexual, além do terrível tráfego de órgãos humanos. O tráfico de pessoas assume muitas formas e não conhece fronteiras", disse Guterres, que pediu prioridade para os direitos das vítimas.

Guterres afirmou ainda que o tráfico de pessoas é um “crime desprezível que se alimenta de desigualdades, instabilidade e conflitos”. Relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) calcula que tenha no mundo pelo menos 21 milhões de vítimas de trabalho forçado. O número exato é desconhecido.

Migrantes e xenofobia

A relatora da ONU Maria Giammarinaro, afirmou que o clima político xenofóbico tem levado a usos equivocados do discurso contra o tráfico. “Muitas pessoas que são vítimas de traficantes são migrantes, incluindo refugiados e solicitantes de asilo, que decidiram deixar seu país por várias razões, como conflito, desastres naturais, perseguição ou extrema pobreza. Elas deixaram para trás sua rede de proteção social e ficaram particularmente vulneráveis ao tráfico e à exploração”, afirmou a especialista independente.

Os migrantes são frequentementes visados como uma ameça, quando, "na verdade, eles contribuem para a prosperidade dos países de acolhimento onde eles vivem e trabalham”, diz

“Nesse contexto, o discurso anti-tráfico é usado erroneamente, com frequência, para justificar políticas migratórias restritivas e atividades de retrocesso. Manifestar-se contra abordagens xenofóbicas e racistas, bem como contra a violência, o ódio e a discriminação, é um dever moral que está ao alcance de todos”, completou a relatora.


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