Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta sexta-feira
- Fonte: InfoMoney
- 6 de jul. de 2018
- 4 min de leitura
Saiba os principais eventos quer irão mexer com a economia nos próximos dias

A sessão promete ser mais uma vez nessa sexta-feira de liquidez reduzida para o Ibovespa, com o jogo no Brasil nas quartas-de-final a partir das 15h e antes do feriado de segunda-feira em São Paulo, em que a B3 estará fechada. Contudo, indicadores importantes como o relatório de emprego nos EUA e a inflação no Brasil serão monitorados de perto durante a manhã, assim como os desmembramentos da guerra comercial. Confira os destaques desta sexta-feira (6):
1. Bolsas mundiais
As bolsas europeias e o S&P futuro oscilam sem tendência clara, enquanto dólar tem desempenho misto, com o mercado à espera do relatório de emprego nos EUA e de olho no novo capítulo da guerra comercial entre americanos e chineses.
Como estava previsto desde meados do mês passado, os EUA impuseram na madrugada de hoje tarifas adicionais de 25% sobre US$ 34 bilhões em produtos chineses. Em resposta, a China acusou Washington de desrespeitar as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e de lançar a “maior guerra comercial da história econômica até o momento”. Em retaliação, a China adotou tarifas sobre produtos importados dos Estados Unidos às 12h01 desta sexta-feira pelo horário de Pequim.
Em meio a esse cenário, as bolsas da Ásia abriram em queda, mas se recuperaram e fecharam com ganhos. Na semana, contudo, os principais índices acumularam queda. Com as disputas comerciais no foco, a última ata do Fomc, que indicou que vai continuar elevando seus juros básicos gradualmente, ficou em segundo plano nos mercados asiáticos.
Já no mercado de commodities, o petróleo caminha para baixa semanal com guerra comercial e alta de estoques nos EUA, enquanto o cobre e níquel caem em Londres e o aço recua na China.
Às 8h05 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:
*S&P 500 Futuro (EUA) -0,15%
*Dow Jones Futuro (EUA) -0,30%
*Nasdaq Futuro (EUA) -0,16%
*DAX (Alemanha) +0,08%
*FTSE (Reino Unido) -0,21%
*CAC-40 (França) +0,02%
*FTSE MIB (Itália) -0,05%
*Hang Seng (Hong Kong) +0,47% (fechado)
*Xangai (China) +0,46% (fechado)
*Nikkei (Japão) +1,12% (fechado)
*Petróleo WTI -0,77%, a US$ 72,38 o barril
*Petróleo brent -0,78%, a US$ 76,79 o barril
*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian +0,66%, a 459 iuanes (nas últimas 24 horas)
*Bitcoin US$ 6.593, -1,89% R$ 25.874 -0,78% (nas últimas 24 horas)
2. IPCA e Relatório de emprego
Em destaque na agenda de indicadores, o IBGE divulga o IPCA de junho, que deve acelerar para 4,41% na base anual, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, ante 2,86% na medição anterior. O índice mensal deve saltar para 1,28%, ante 0,40% em maio.
Já às 9h30, os EUA divulgam o relatório de emprego de junho, com estimativa de criação de 195 mil vagas e manutenção na taxa de desemprego de 3,8%.
3. Notícias do dia
As alianças para as eleições seguem movimentando o noticiário dos jornais. Em destaque, o presidente da Câmara dos deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que, apesar da maior afinidade histórica com o PSDB, hoje seu partido estaria mais próximo de fechar um acordo nacional com o PDT, em razão das alianças e palanques regionais.
"Ele faz um discurso inteligente e, quando fala de equilíbrio fiscal, ele fala o que a gente fala; muitos diretórios regionais veem Ciro como boa alternativa", acrescentou Maia. O presidente da Câmara afirmou que há premissas básicas para o DEM apoiar um candidato, que incluem a defesa da redução de gastos, controle das despesas e reforma da Previdência com idade mínima.
Atenção ainda para o anúncio do governo Michel Temer, que assinou a MP com Rota 2030 e prevê geração de empregos. O programa envolve política industrial para o setor automotivo no médio prazo, executado ao longo de 3 ciclos de investimentos, por 15 anos. Serão concedidos créditos tributários de 10,2% que poderão ser usados no abatimento de IRPJ e CSLL. Por fim, Temer escolheu o ministro Eliseu Padilha para assumir interinamente o cargo de ministro de Trabalho, após o STF afastar Helton Yomura do cargo. Padilha acumulará o posto com o de ministro da Casa Civil.
4. De olho no BC
Após o dólar atingir sua maior cotação em dois anos gerando comentários de que mercado poderia estar testando o BC, que não tem feito leilões extraordinários de swap, o mercado fica de olho nos próximos passos da autoridade monetária.
Em entrevista à GloboNews, Ilan Goldfajn, afirmou que o objetivo da instituição no câmbio é "dar tranquilidade", e não determinar um patamar para o dólar. "Nosso papel é oferecer tranquilidade, mas não determinar o que ocorrerá no câmbio", disse Goldfajn, citando ainda as reservas internacionais, consideradas por ele como um "seguro" para o País.
Ao ser perguntado a respeito do uso de swaps cambiais para segurar a taxa de câmbio nos próximos meses, durante a campanha eleitoral, Goldfajn afirmou que o BC vai oferecer "tranquilidade para que os preços de ativos reflitam a realidade brasileira". "Vamos tentar oferecer para o Brasil o uso de nossos amortecedores,para gerar maior tranquilidade", pontuou. "Vamos continuar fazendo reformas, ajustes, principalmente o fiscal, e usar instrumentos para os preços refletirem a realidade brasileira."
Ilan afirmou que a atuação do BC com swaps ocorrerá nos momentos em que não houver liquidez no mercado, e "não em preço, se (o dólar) está caindo ou subindo".
5. Noticiário corporativo
A repercussão sobre o acordo entre Embraer e Boeing para a criação de uma joint venture segue sendo destaque no noticiário corporativo. A Coluna do Broad aponta que a joint venture entre Embraer e Boeing driblou a ‘golden share’. As ações especiais ficarão presentes apenas na antiga Embraer; no desenho final, esse instrumento desapareceu para a empresa operacional de aviação comercial em que a Embraer terá 20% de participação e a Boeing 80%.
Já no radar da Eletrobras, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), prevê que os destaques do projeto que trata da venda das distribuidoras da estatal devam ser votados na próxima quartafeira (11), sendo encaminhado ao Senado na sequência. Ainda sobre estatais, a Petrobras informou que divulgará balanço do segundo trimestre em 3 de agosto, com webcast na mesma data.
Por fim, Mitsui & Co poderá aumentar sua participação na Vale caso outros acionistas vendam parte de suas fatias, disse à Reuters Yukio Takebe, diretor executivo sênior da Mitsui que gerencia os negócios de energia e metais.
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